Quando o “tio Fabrício” chegou, a Mel já tinha 5 anos, vários vícios de comportamento e um temperamento tão difícil que já tinha lhe rendido, na família, o singelo apelido de “Chuck”, uma referência ao brinquedo assassino do filme. Para piorar as coisas, ela estava no meio a uma gravidez psicológica e estressadíssima com a mudança de apartamento. Eu estava em pânico com tudo aquilo!
Logo de cara, o Fabrício corrigiu vários erros meus – e eu jamais poderia imaginar que coisas aparentemente tão bobas alimentassem, no animal, possessividade, ciúme, dominância… características que afetam diretamente a sua qualidade de vida.
Em apenas alguns meses, a Mel aprendeu não somente os comandos básicos, como sentar, deitar e não atravessar a rua sem permissão (contrariando a crença de que adestramento só pode ser feito em filhotes), como também tornou-se um cão muito mais sociável e menos irritadiço. Parou de latir ao ficar sozinha, de morder ao ser contrariada e – o melhor de tudo – a relação dela comigo foi alterada: ganhei respeito e autoridade, e virei a sua líder, como deve ser, de acordo com o conceito de matilha que existe em sua cabecinha.
Mas, sem dúvida, o grande mérito disso tudo é do Fabrício, um profissional super dedicado que fundamenta o seu trabalho em seriedade, competência e responsabilidade. Mais do que amar a sua profissão, ele ama os animais (a Mel, por exemplo, é louca por ele, o que me dá uma segurança enorme de entregá-la em suas mãos), e isso faz toda a diferença para nós, os donos, que temos estes bichinhos como se fossem humanos.
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